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O mundo tornou-se digital. Um fato irreversível para a nossa era, pois vários comportamentos e ações cotidianas foram adaptadas à este meio. Por intermédio da internet, compras são feitas de casa, transações bancárias são realizadas sem a necessidade de ir a agência, cursos são estudados por computadores conectados, dentre muitas outras atividades.

A área dos relacionamentos é uma das que mais sofreu influência, porque, a forma como nos relacionamos também tornou-se digital, em todos os seus níveis, sendo alguns deles: os relacionamentos pessoais, profissionais ou institucionais.

Em poucos anos as redes sociais “tomaram de assalto” o cotidiano das relações, sendo atualmente uma ferramenta indispensável para quem pretende manter uma vida social ampla e ativa. Além disso, os nascidos a partir do ano 2000, a “geração Z”, não conhecem outra maneira de se relacionar que não envolva os meios digitais, considerando que as redes sociais fizeram parte do seu desenvolvimento. Ou seja, atualmente é muito complicado ignorar os relacionamentos pelos meios digitais, mesmo para aquelas pessoas que ainda pensam de maneira analógica.

Porém, quando levamos isso para o nível institucional, a importância do relacionamento digital não recebe a atenção merecida. Parece que ainda não existe uma consciência sobre como essa área não pode ser tratada de forma secundária e com escassez de recursos, mas sim como um dos pilares das estratégias de engajamento e branding na atualidade. Ainda é comum acreditar que um bom trabalho nas redes sociais pode ser feito “pelo sobrinho” do dono, que faz algumas postagens aleatórias de vez em quando e está tudo certo.

Mas, deve-se considerar que atualmente, quando alguém se interessa por uma marca, produto ou serviço, os primeiros lugares que vai procurar é no Google e nas redes sociais. Essa pessoa vai querer visitar o site e saber o que existe na internet e, principalmente, a opinião das pessoas à respeito. Então, o que será encontrado, vai fazer toda a diferença na forma como essa pessoa se relacionará com o que estava buscando. Em outras palavras, nos dias de hoje, um trabalho de marketing digital profissional, sobretudo nas redes sociais, é vital para o desenvolvimento e manutenção do branding, para um bom relacionamento com o público alvo, e consequentemente para um bom engajamento.

No meio do ensino superior particular, um segmento que atuo ativamente há muitos anos, essa área ainda é vista como secundária para a maioria das instituições, sendo bem comum encontrar trabalhos extremamente amadores nas redes sociais e sites desatualizados, especialmente entre as pequenas e médias (PMIES). Um fato que influencia diretamente a maneira como essa instituição relaciona-se com o seu público e consequentemente, nos resultados de forma geral.

Um trabalho profissional nas rede sociais, visando resultados planejados e contínuos, é muito mais complexo do que parece, pois envolve aspectos como: categorização de postagens, planejamento da periodicidade, estratégias de engajamento, estratégias de direcionamento de visitas para o site, utilização de aplicativos, produção de conteúdos relevantes para o público alvo, estratégias de moderação e interação com o público alvo, planejamento de campanhas publicitárias específicas, configuração de anúncios para campanhas e visibilidade da página, e etc.

O público que vive na era da informação e comunicação é altamente exigente, e não reage bem a trabalhos “meia boca” nessa área. Por exemplo, um site mal elaborado sem otimização para plataformas móveis, ou a ausência de um perfil ativo nas redes sociais repercutem muito mal na imagem na entidade. É fundamental considerar que as pessoas da “geração Z” estão entrando em idade de ingressar no ensino superior e, a instituição que não estiver preparada para lidar com esse público tão conectado, habituado a se relacionar pelas redes sociais e atribuir valores às empresas e instituições ativas nos meios digitais, terá sérias dificuldades de manter-se competitiva.

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