Empresas ou instituições com dificuldades para atender o aumento inesperado da demanda de trabalho, ou para assimilar novos clientes, perdem repetidamente oportunidades de negócios que surgem, e ainda, correm o risco de vê-los migrando para a concorrência. Por outro lado, uma empresa que consegue lidar com o crescimento necessário de forma flexível, aumentando o seu faturamento sem elevar proporcionalmente os seus custos, é uma organização (empresa ou instituição) com capacidade escalonável. Ou ainda, escalabilidade é a capacidade de uma organização, ou sistema, de atender suas necessidades de crescimento sem perder qualidade, e com baixo aumento de custos.

Considerando o atual mercado competitivo que vivemos, fica fácil concluir o quanto é fundamental que uma empresa ou instituição seja escalonável. Porém, por outro lado, uma organização precisa estar “madura” o suficiente para que possa aplicar a escalabilidade com eficácia, porque, do contrário, corre o risco de gastos desnecessários. Uma das principais características que indicam essa “maturidade” é a clara definição do(s) seu(s) produto(s) e serviços, que suprem as necessidades do mercado específico, o que é definido como product-market fit. Isso é fundamental para uma clara noção sobre o potencial do seu negócio junto ao mercado, além de evidenciar os pontos em que o seu modelo poderia falhar.

O conceito de escalabilidade se popularizou muito nos últimos anos, inicialmente porque se tornou uma característica fundamental para modelos de negócio e startups, especialmente as que buscam um “investidor anjo”. Porém, o setor em que o termo mais se popularizou foi o da tecnologia da informação, exatamente porque a grande maioria dos segmentos dependem da escalabilidade dos recursos em TI, para que seja escalonável como um todo.

 

Escalabilidade em TI

Nesta área, a escalabilidade está diretamente associada a distribuição de sistemas (clusters), visando uma alta performance das máquinas. Os clusters, distribuem as tarefas visando a utilização otimizada dos equipamentos e softwares. Dessa maneira, os vários servidores não atuam independentemente, mas sim como elos de uma grande rede, que tem muito mais flexibilidade para atender as demandas tecnológicas que surgem. Neste caso os sistemas são monitorados constantemente em plataformas virtualizadas, que gerenciam as demandas e redistribuem recursos em tempo real. Isso também significa ter a capacidade de identificar com clareza quando é hora de aumentar a infraestrutura, para evitar a perda de qualidade nos próprios produtos ou serviços.

Um exemplo bem simples de como os recursos tecnológicos escalonáveis influem diretamente na escalabilidade da organização como um todo, é na assimilação de um novo colaborador. Uma das características de uma empresa escalonável, está na facilidade para que um novo colaborador compreenda rapidamente o modelo de negócios da empresa, e esteja rapidamente atuante no seu papel, dentro deste contexto. Porém, se os recursos de TI não são escalonáveis, a disponibilização e configuração de uma máquina para este novo colaborador, pode levar realmente bastante tempo.

Para que a escalabilidade em TI aconteça se faz necessário o processo de virtualização, que conta com softwares capazes de gerenciar as demandas com facilidade. Isso significa ser capaz de alocar recursos, distribuir o esforço de processamento entre os servidores do cluster, monitorar o desempenho do sistema como um todo, além de designar máquinas de diferentes capacidades para demandas específicas. Um exemplo prático é dedicar um servidor para trabalhar apenas com processos e transferências de dados na rede, manter outra máquina dedicada exclusivamente para manipulação de arquivos, enquanto um outro servidor é focado no armazenamento das informações em discos rígidos.

É possível adicionar recursos aos sistemas escaláveis de duas maneiras: a escalabilidade horizontal, também conhecida como scale out, e a vertical conhecida como scale up.

Escalabilidade horizontal ou scale out: consiste em adicionar uma nova máquina no cluster, visando aumentar a capacidade do sistema distribuído.

Escalabilidade vertical ou scale up: trata-se do upgrade em um servidor já existente na rede, podendo ser a substituição, reposição ou a adição de novos recursos, como memória ou discos rígidos, por exemplo.

Então, como é possível perceber, atualmente a escalabilidade de uma organização depende diretamente da escalabilidade de seus recursos em TI. Porém, de todos os entendimentos sobre este tema, o mais relevante é que se trata de algo irreversível e, que em pouco tempo, em níveis e maneiras de utilização diferentes, estará presente em 100% das empresas. E ainda, que a aplicação deste conceito e das tecnologias relacionadas, pode fazer toda a diferença no sucesso do seu negócio, seja qual for o segmento.

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